Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Mollinedia boracensis Peixoto NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 24-04-2012

Criterio:

Avaliador: Massimo Giuseppe Bovini

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Ocorre com mais frequência no litoral paulista, em alguns casos em áreas de grande especulação imobiliária. Existem apenas duas situações de ameaça. À curto prazo, precisa de atenção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Mollinedia boracensis Peixoto;

Família: Monimiaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Revista Brasil. Bot. 6(1): 19 (1983).

Dados populacionais

Em estudo realizado na transição Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana, no núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar (SNUC), foram amostrados 3 indivíduos desta espécie em um área de 1ha (Campos et al., 2011). Em levantamento fitossociológico realizado em uma parcela permanente da Floresta de Restinga do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no município de Cananéia, foram amostrados 14 indivíduos em uma área de 10,24ha (Oliveira et al., 2006). Em estudo realizado na floresta de Restinga no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no Estado de São Paulo, foram amostrados um total de 3 indivíduos numa área de 5,12 ha, sendo 1 indivíduo ocorrendo sob dossel perenifólio e 2 em clareira a pleno sol (Pardi, 2007).

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos Estados de São Paulo e Paraná; até 800 m de altitude (Peixoto, 2002; 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por arvoretas de 2-4 m de altura; coletada com flores em setembro e com frutos nos meses de dezembro e janeiro (Peixoto, 2002); perenifolia (Pardi, 2007); dióica, polinização entomófila e dispersão zoocórica (Peixoto, com. pessoal).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O ecossistema Restinga está seriamenteameaçado ao longo de toda a costa brasileira, devido à forte pressão antrópicacausada pela pecuária, agricultura, desenvolvimento urbano, e turismo. Apenaspoucas áreas deste ecossistema estão protegidos (precariamente), e açõesurgentes são necessárias a fim de assegurar a conservação desse importanteecossistema (Delprete, 2000).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).

Ações de conservação

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC): Reserva Estadual de Juréia, Parque Estadual da Serra do Mar, Estação Biológica de Boracéia e Estação Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, no estado de São Paulo (CNCFlora, 2011).

1.2.1.2 National level
Observações: Aespécie consta no Anexo I da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada oficialmente ameaçada de extinção. Foiconsiderada Vulnerável (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pelaFundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

Referências

- PEIXOTO, A.L. Mollinedia boracensis in Mollinedia (Monimiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil., Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB010074>.

- PARDI, M.M. Espécies arbustivo-arbóreas em clareiras e micro-sítios de luz em 5,12 ha de floresta de restinga na Ilha do Cardoso, São Paulo. Mestrado. Piracicaba: Universidade de São Paulo (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), 2007.

- PEIXOTO, A.L.; GONZALES, M. Monimiaceae. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.346-347, 2009.

- CAMPOS, M.C.R.; TAMASHIRO, J.Y.; ASSIS, M.A.; JOLY, C.A. Florística e fitossociologia do componente arbóreo da transição Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - Floresta Ombrófila Densa Submontana do Núcleo Picinguaba/PESM, Ubatuba, sudeste do Brasil., Biota Neotropica, p.301-312, 2011.

- PEIXOTO, A.L. Mollinedia (Monimiaceae). In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; MELHEM, T.S.; BITTRICH, V.; KAMEYAMA, C. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP-Hucitec, p.189-207, 2002.

- OLIVEIRA, A.A.; NOGUEIRA, A.; CASTANHO, C.T. ET AL. 4° Relatório Temático do Projeto Parcelas Permanentes - Parte III., 2006.

- DELPRETE, P.G. Melanopsidium Colla (Rubiaceae, Gardenieae): a monospecific brazilian genus with a complex nomenclatural history., Brittonia, v.52, p.325-336, 2000.

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.

Como citar

CNCFlora. Mollinedia boracensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Mollinedia boracensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 24/04/2012 - 18:04:05